Empresa aérea acusa casal de fazer drama repleto de mentiras em processo contra companhia
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Empresa aérea acusa casal de fazer drama repleto de mentiras em processo contra companhia


O casal de atores Carol Nakamura e Guilherme Leonel foram surpreendidos pela Justiça com a perda de um processo pelo qual alegavam sérios danos materiais e morais durante um voo entre Foz do Iguaçu e Porto Alegre. Durante o processo contra uma empresa aérea, o advogado da companhia Fabiano Coutinho acusou o casal de tentar enganar a Justiça numa narrativa "fantasiosa e eivada de drama", que por sinal terminou com uma sentença desfavorável à atriz e seu companheiro. De acordo com a sentença proferida pela juíza Caroline Korolik, Carol e Guilherme não conseguiram provar absolutamente nada do que alegaram contra companhia.

Carol Nakamura e Guilherme Leonel acionaram a Justiça informando que estavam em Foz do Iguaçu a trabalho, com destino a Porto Alegre. Na ocasião, o casal alegou que sem qualquer comunicação sobre a situação do voo, se depararam com um "atraso absurdo" relativo a partido do avião. A todo momento a modelo destacou no processo que ela e o companheiro seriam "figuras públicas possuindo uma agenda de trabalho bastamente ocupada onde qualquer minuto de atraso prejudica o andamento dos seus compromissos profissionais." Além disso, segundo Nakamura, "a aeronave não possuía ar-condicionado", o que teria colocado "em risco a vida de seus passageiros, tendo em vista o risco de contrair o novo coronavírus ou doenças semelhantes, pois um ambiente sem ventilação". 


Ainda de acordo com as alegações do casal no processo, ao chegarem em seu destino final os dois se depararam com o presente do filho da atriz quebrado na mala - uma garrafa de whisky Jack Daniel’s Honey. Os dois afirmaram à Justiça ainda que a bebida despejada na mala danificou roupas e todas as maquiagens, causando um desconforto ainda maior, uma vez que a Carol "é figura pública e faz o uso diário das maquiagens para a realização de seus trabalhos." 

Nakamura também afirmou à Justiça que teria recebido as maquiagens por meio de uma permuta, e que por isso precisava divulgá-las em suas redes sociais, mas que "todas as maquiagens foram destruídas com a quebra da garrafa de whisky Jack Daniel’s Honey, além de suas maquiagens pessoais, visto que a autora é uma figura pública." A modelo narra que, com todo esse transtorno, experimentou uma forte "dor espiritual", e por isso solicitou no Tribunal de Justiça do Rio a condenação da empresa aérea.

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Justiça diz que Carol Nakamura não comprovou alegações
Reprodução processual
Justiça diz que Carol Nakamura não comprovou alegações


Para reclamar os supostos danos materiais, Nakamura fez uma série de prints do google demonstrando diversos ítens de maquiagem que teria se perdido com a quabra da garrafa dentro da bagagem. No total, a soma de R$ 2.279. Além disso, ela e o modelo Guilherme Leonel pediram também a condenação da companhia pelos supostos danos morais no valor de R$ 15 mil para cada um, ou seja, uma indenização total de R$ 32.279.

Advogado da companhia detona Carol Nakamura e Guilherme Leonel


O advogado da empresa, Fabiano Coutinho detonou o casal ao longo do processo. Segundo o advogado, o casal teria contruído uma "narrativa eivada de drama e que deixa de refletir a verdade dos fatos", e categorizou a conduta dos atores como "lamentável", justificando que Nakamura e Leonel construíram "fatos completamente desconectados com a realidade e ainda tentaram ludibriar a Justiça". 

Coutinho provou por meio de laudos técnicos da companhia que, na verdade, o destino final do voo era o Rio de Janeiro. O atraso de Foz de Iguaçu para Porto Alegre foi de apenas 12 minutos. Ele mostrou à Justiça que esse atraso ocorreu apenas para Porto Alegre, que seria o local de conexão para a cidade maravilhosa. Assim, mesmo com o atraso de 12 minutos, o casal teria feito a conexão sem qualquer problema e chegado no Rio de Janeiro sem atraso, no horário correto, e que por isso seria impossível qualquer dano relativo à agenda profissional dos dois. 

O representante da companhia aérea ainda questionou sobre as ínumeras menções de que os dois seriam "pessoas públicas": "Por serem pessoas públicas merecem tratamento diferente dos outros consumidores? É esse o entendimento dos Autores?", questionou a empresa. Sobre a inexistência de ar-condicionado na aeronave, o advogado também fez questão de desmentir Nakamura: "o ar condicionado apenas começa a funcionar quando os motores da aeronave são acionados, o que ocorre cinco minutos após iniciado o embarque, ou seja, ainda que os Autores tenham sido os primeiros passageiros a embarcar permaneceriam no máximo durante cinco minutos dentro da aeronave sem o ar condicionado ligado. Nota-se que toda narrativa é feita com o intuito de dramatizar e dar contornos fantásticos a uma situação que, quando muito, gera um mero aborrecimento, aproveitando-se, agora, da situação envolvendo a pandemia", disse.

A companhia aérea também culpou Nakamura pela garrafa quebrada dentro da bagagem. Segundo a empresa, ao efetuar o transporte de garrafa de bebida em malas convencionais, o consumidor está ciente do risco que corre por não as ter acondicionado em um receptáculo específico para o transporte de volume frágil. A empresa ainda questiona que se a garrafa era tão importante para a atriz, ela deveria ter colocado a bebida em uma mala de mão, e não ter despachado sem a sinalização correta de que na mala continha um objeto frágil. Ainda, em relação às supostas maquiagens que a modelo teria perdido por conta da quebra da garrafa, a empresa considerou que não havia nenhuma comprovação de que as mesmas sequer estivessem na mala. Para encerrar, a empresa questionou o motivo de Guilherme Leonel pedir R$ 15 mil por danos morais, uma vez que nada teria ocorrido com sua bagagem.

Juíza diz que casal não comprovou alegações 

A sentença sobre o caso deu ganho da ação para a companhia aérea. Segundo a juíza Caroline Korolik, Nakamura e Leonel não conseguiram provar nada do que narraram na acusação contra empresa, por isso julgou "improcedente" todas as acusações da japa.


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