
O ator Ary Fontoura foi processado por um delegado de polícia e a ação acaba de ser concluída em última instância. O caso parou na Justiça após o delegado alugar um apartamento do artista, que fica localizado no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Após 10 meses no imóvel o delegado ingressou na Justiça e pediu R$ 100 mil do ator por danos morais.
De acordo com os autos processuais, o delegado alega que, após dez meses residindo com a esposa no local, identificou defeitos no piso do apartamento, na sala e no banheiro. Segundo o autor da ação, teria ocorrido também vazamento de gás no imóvel. O delegado de polícia afirma nos autos que "foram enfrentadas várias dificuldades pela família com os defeitos no imóvel, pois tiveram que buscar por conta própria a solução dos problemas, conduzindo a sua esposa a trancar o período da faculdade por conta da obra demorada, aliada a inabilitação do uso do gás."
O contrato de locação teria o prazo de 30 meses. Ao ser contactado, Ary Fontoura aceitou que o locador deixasse o imóvel no prazo de 45 dias. A confusão começa, segundo o delegado, depois que recebeu os novos boletos de aluguel, e também a renovação do seguro do imóvel. O delegado apresentou duas fotos referentes ao piso nos autos, e solicitou a quebra processual com um pedido de indenização no valor de R$ 100 mil contra o artista.

Entretanto, ao analisar os autos processuais e os novos valores que teriam sido cobrados pelo ator ao delegado, a Justiça identificou que o militar atrasou a saída do imóvel em relação ao prazo combinado, justificando e legalidade das cobranças.
Quantos aos danos morais, as fotos apresentadas pelo delegado - de acordo com a Justiça - "não revelaram graves vícios no piso a tornar inabitável a residência". A Justiça também considerou que o delegado não produziu provas periciais que comprovassem as gravidades dos danos alegados. Dessa forma a Justiça absolveu Ary Fontoura, e indeferiu todos os pedidos do delegado, que recorreu da sentença. O processo foi julgado em última instância e os desembargadores permaneceram com a sentença de absolvição.
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